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Globo, Record e a massa de manobra

Por Arthur Lessa 12/09/2017 - 11:04 Atualizado em 12/09/2017 - 11:12

O canal em inglês da rede Al Jazeera no YouTube publicou, no último sábado (9), uma reportagem sobre as emissoras de televisão do Brasil. Duas delas, na verdade... A Globo e a Record. O texto é longo, a matéria mais ainda, mas é uma oportunidade de exercitar a análise crítica

A reportagem começa atacando a Rede Globo, sua influência política antierquerdista na história do país e como essa influência foi usada politicamente ao longo dos anos no apoio, por exemplo, ao Regime Militar, à eleição de Fernando Collor e ao Impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Seguindo a linha de colocar a emissora como responsável direta pela retirada de Dilma da presidência, o jornalista Paulo Henrique Amorim afirma que “Eles [Lula e Dilma] piscaram e a Globo os tirou do poder”.

Entre as críticas da matéria está a falta de uma regulação no mercado, o que permite, por exemplo, que políticos sejam donos de veículos de comunicação e que vários veículos pertençam à mesma empresa, criando monopólio.

Já na metade do vídeo, de quase 26 minutos, o ataque partiu para cima da Record, emissora de Edir Macedo, fundador da Igreja Universal do Reino de Deus, citada com “a TV do cara da igreja com mais de oito milhões de fiéis”.

Além da influência também poderosa, nesse caso pela fé, a reportagem foca no aumento significativo das doações financeiras à igreja causado pelo poder da televisão, que difunde os cultos por todos os lares do país, também aponta a procura dos partidos por essa fatia dos eleitores.

“Beijam a mão de Edir Macedo os partidos de esquerda e direita”, afirma o cartunista Carlos Latuff, um dos entrevistados. Mas, adiante, Latuff é categórico ao afirma que essa igreja, reacionária e que desrespeita os direitos das mulheres, é ligada à extrema-direita do Brasil.

Tudo que escrevi acima está na matéria, as opiniões e as críticas. Apenas descrevi partes da matéria, que tem clara inclinação ideológica.

Inclusive, a falta de isonomia, de ouvir os dois lados, que é algo criticado na própria reportagem, é negativo em qualquer situação. Se fosse o contrário, jornalisticamente seria tão incompleto quanto.

É uma matéria interessante para se assistir, estimula a reflexão. Mas é importante ter em mente que não é, necessariamente a verdade absoluta. É uma versão do fato. É a visão de um lado.

A tradução abaixo foi feita pelo canal Mídia NINJA e publicada na segunda-feira (11).

 

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